CRÔNICA

Meus tempos de criança e adolescência...
Vivi esta realidade e posso dizer que era uma Fortaleza realmente bela...
Nada se compara com a qualidade de vida que tínhamos neste tempos de coqueiros, mar e jangadas de piúba...
Quando não se sabia o que era violência e nem descriminação, onde as pessoas eram livres e passeávamos a vontade sem medo, sem violência e privando da  dolência do jangadeiro puxando a rede de arrasta... Quando as arraias (pipas) no céu coloriam a vida das crianças e no mar, adentrando, íamos ver a igrejinha de São Pedro...
A Fortaleza das ruas revestidas de pedra tosca e das casas de muro baixo...
Tinha até a casa do Antonio Albuquerque que era sem muro e ainda podia-se ouvir o grito do peixeiro, do vendedor de panelada ou do vendedor de galinha...
A Fortaleza do padeiro que chegava de bicicleta com o cesto de pão na porta da casa...
Era uma Fortaleza inocente margeada pelo atlântico e a serra de Maranguape...
Saudades da minha Fortaleza que o tempo comeu!!!


Alvaro de Oliveira Neto
07.07.2015