domingo, 21 de dezembro de 2014

FAÇA-SE!

Não existe nada mais valioso, não existe nada mais importante, não existe nada mais perfeito que o dom da vida.

Quando tudo era o vazio e as trevas dominavam, "o Espírito de Deus pairava sobre as águas" (Gen 1,2)
Mas como? Se nada existia, se tudo era vazio e travas?

Para que o "Faça-se" (Gen 1,3) divino, o verbo que introduz a vida, tivesse eficácia na passagem da eternidade para o temporal, e poder representar a vontade do Criador, fazia-se também necessário a presença do Espírito Santo e o útero da eternidade representado pela água.

Deus necessita da fecundação e do útero. São os meios divinos que introduzem a vida no universos. O espírito de Deus é o Espírito Santo, o fecundador, que deitado sobre as águas do útero universal faz conceber a vida.


"E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, a glória que o Filho único recebe do seu Pai, cheio de graça e de verdade" (Jo 1,14).


Glória como nunca d'antes vista!

Gloria que veio até nós para que pudêssemos atravessar as barreiras do pecado e entrar no espaço divino sem corrupção nem manchas na nossa existência.

E esta passagem também foi Maria Santíssima, para Jesus, o filho de Deus.
E esta passagem será Jesus Cristo, para nós mortais, no dia da nossa morte ou vida eterna, que almejamos um dia estar com Ele no Paraíso.

Mas esta preciosidade, que é a vida, preciosidade que recebemos gratuitamente para que pudéssemos usufruir de todos os seus benefícios, que nos foram concedidos, quando entramos pela porta larga, para nos prepararmos para atravessar a porta estreita, está sendo bem cuidada? Estamos dando a ela o valor que nos fará herdeiros, com Jesus, do Reino Celestial?


"Se queres ser perfeito, vai, vende teus bens, dá-os aos pobres e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me! " (Mt 19,21). Este é o convite que recebemos de Jesus para que depois de provarmos do fruto do bem e do mal possamos fazer jus a um novo convite: " hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23,43).

Este é o momento para fazermos uma avaliação dos nossos bens, aqueles que carregaremos por toda a vida, aqueles que nos forma e transforma em homens e mulheres justos. Uma avaliação sem traumas, mas honesta, sem culpas, mas com retidão, sem culpados nem inocentes, mas com a perfeição da verdade.

E desta, realizarmos o nossos planos para os dias que se seguem até a chegada do novo útero, que nos levará a um mundo bem maior e melhor, lado a lado com Aquele que nos deu a chance de desfrutarmos da vida paradisíaca na Terra e do Paraíso na vida celestial.



Alvaro de Oliveira Neto
Fortaleza, 21/12/2014

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